Tendências sul-americanas (II). Colombia: bad weeds never die
O Plan Colombia:
Há até quem chegue aos 10 bilões, mas o mais importante é a lei de bronze da geopolítica da drogas: coças num lado, tens comichão noutro:
Estamos em 2021 e temos Franscisco Ricaurte, ex-presidente da Corte Suprema de Justicia, condenado a 18 anos no âmbito do processo do chamado cartel de la Toga. O juiz recebeu subornos milionários para bloquear investigações a funcionários publicos, governadores, polícias etc , suspeitos e/ ou investigados em processo relacionados com o narcotráfico. Seria mais ou menos o mesmo do que em Portugal o presidente do Supremo ser preso e condenado pelos mesmo motivos. E há mais magistrados implicados.
A extinção oficiosa das FARC produziu várias ondas de choque no que se refere às suas narco-actividades e resultou, como é obvio, em vários dançarinos a escolher o seu par. As Autodefensas Unidas de Colombia, o princial grupo para-militar de extrema-direita e de oposição às FARC , e também narcotraficantes, extinguiu-se em 2006. Vicente Castaño, o seu líder, reorganizou-se com dois dos seus lugares-tenentes: Ever Veloza Garcia, do bloco de Calima, e Daniel Rendón Herrera ( "Don Mario") do Bloco Centauro. Nasciam os Urabeños, apenas um exemplo da actual narco-compoisção colombiana. Com a morte de Castaño, Don Mario tornou-se em 2009 o líder dos Urabeños e o mais rico e procurado traficante colombiano: 3000 homicídios creditados entre 2007 e 2009.
As coisas foram evoluindo com alguns sucessos do governo colombiano, só que hoje El Carmen de Bolivar e San Onofre são os pontos de contacto com as áreas de produção de coca controladas pelos Urabeños no sul de Bolívar e no Bajo Cauca, bem como com os centros de processamento no departamento de Córdoba e Magdalena. A coca é enviada para o Golfo de Morrosquillo ( ver figura) e daí para os seus destinos: EUA, via América Central ,e Europa
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