DROGAS : A PROIBIÇÃO É QUE É NOVIDADE
Quando dava aulas, começava a cadeira sobre História e Cultura das Drogas sempre com a mesma ideia: em matéria de drogas, o que é novo é a proibição. Isto pretendia atalhar caminho às inevitáveis objeções sobre uma mudança de estatuto legal das intoxicações. Ou seja, nada de novo ou especialmente revolucionário aconteceria se o mercado de drogas fosse liberalizado.
O Opium Protocol de 1953 , ratificado na Single Covention de Nova Iorque, em 1961, foi o pilar da política proibicionista. Ao longo do blogue veremos com detalhe os contornos detes projectos, mas sublinhe-se desde já o enorme falhanço: a super-intoxicação de massas começa precisamente a partir dos anos 60, n'est-ce pas?
Isto devia fazer pensar os que se opõem ao estudo de alterações ao actual estatuto, mas em vez disso continuam com a lengalenga do derrotismo e do niilismo Também pretendo mostrar o enorme erro que consiste em julgar que :
a) a despenalização total do consumo resolve o problema,
b) que o problema é, sequer, resolúvel.